domingo, 19 de outubro de 2008

9 MESES BRANCOS



Oi




Era uma vez uma palavra mágica que a tudo pode mudar... Aproxima pessoas, cruza histórias e recria caminhos.

Assim foi comigo. Um “oi” me ligou a pessoa mais especial (fora da família) que pude um dia conhecer:



Fernanda Quintiliano; minha amiga, aliada na postura social, companheira no amor a leitura e poesia, colega albina e principalmente... Minha namorada!

Uma pessoa que aprendi – muito rapidamente – a amar e, mesmo estando longe; estamos cada dia mais próximos! Hoje ao contrário de outros tempos, consigo me imaginar velho; uma vez que a quero perto por anos e anos e anos ainda. Um casal ímpar: velhos, albinos, confidentes, amigos, casados, amantes e eternamente namorados.

Foi uma trajetória longa e muito gostosa até esse aniversário de 9 meses, sei bem, mas para que tenham uma idéia do que falo, divido com todos uma pitada desse prato:

FERNANDA
E
FLÁVIO
UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR

O INÍCIO
Todo mundo que tem MSN há muito tempo já foi ou conhece alguém que já foi seqüestrado virtualmente para uma janela de conversa em grupo, pois bem essa história surgiu assim, ao acaso, resultante de um seqüestro virtual.

Tenho um contato que é uma espécie de Che Guevara virtual. Tem bom coração e boas idéias, mas lhe faltam tino e método... Exemplo disso eram os freqüentes seqüestros para discutir sobre direitos de que minha mente canhota não estava tão interessada com aquela abordagem inusitada. Numa dessas ocasiões pra fugir do tema central comecei uma conversa com uma das pessoas-reféns-contatos para passar o tédio e a raiva. Pra minha surpresa ela divide opiniões comigo e temos visões coincidentes. Começamos a conversar. Uma vez libertos continuamos a nos falar nos dias que seguiram.
- Oi
- Oi.
Assim conheci Fernanda e a conversa tomava forma.

AS CONVERSAS
Ela apreensiva fazia perguntas-testes que a protegiam de mais um contato chato ou efêmero, mais um momento fugaz de amizade e interesse via net. Eu me mostrei natural e bem humorado como é comum a mim. Falei de minha vida: que estudava teatro, pretendia escrever um livro, que tinha uma namorada, que estava numa boa fase da vida. Que ingênuos nós fomos!

OS ENCONTROS
O tempo foi passando e era como se entrasse para a agenda de ambos esperarmos a noite chegar para conversarmos. Nada demais, apenas um contato agradável de conversar. Não nos demos conta que nos laçamos desde o início... Poderíamos não existir no cotidiano do outro, mas assim que chegávamos em casa o outro se fazia presente na lembrança e o desejo de conversar gritava.

O NAMORO ANTERIOR
Eu comecei a me ver pensando muito nela. Não era mais apenas à noite. Quando via algo legal me lembrava dela e quando ela me presenteou com uma carta dizendo que não sabia o tipo de amor que tinha por mim:

“(...) Eu ainda não sei definir o amor que tenho por você: se é de amigo (apenas), se é de irmão (acho que não), se é de homem... (...)”

E completou a idéia com a expressão que ficaria muito tempo na minha cabeça:

“(...) Esse último é o que mais me preocupa, visto que temos muitas coisas que nos separam, mas, mesmo assim, eu adoraria estar ou te ter por perto.”

Horas a fio passei tentando me responder a mesma pergunta: “Que tipo de amor tenho por ela?”

Pensar nisso me jogou sem sombra de dúvidas em seu caminho. Foi aí que aquele "oi" fez um tilintar de sininhos mágicos... Conversamos sobre isso. Assumimos estar envolvidos e mesmo eu tendo namorada, não podia negar estar gravemente balançado. Prometi não deixar as coisas se alongarem a ponto de enganar nem uma nem outra...

“Não posso trair tantos corações”

Apesar de não me ser cobrado. Sabia que se esse sentimento crescia e, portanto teria de me posicionar; seja me afastando para não feri-la (mais) ou me assumindo como apaixonado por ela.

A ESCOLHA
Escolhi tomar uma atitude. Não deixaria isso perdurar, mas não fui tão bem sucedido nesse ponto quanto queria. Acabei por deixar chegar o Dia dos Namorados sem me posicionar objetivamente. E foi justamente nesse dia que a resposta veio até mim:

Marquei uma saída com minha (até então) namorada. Marcamos de nos encontrar no shopping. Eu cheguei antes e para matar o tempo resolvi rabiscar algo. Quando a avistei se aproximando li o que havia escrito e tinha em mãos a minha escolha... Estava no dia dos namorados esperando minha (até então) namorada e tinha acabado de escrever um poema para a Fernanda:

BRANCAS LEMBRANÇAS

Existe um caminho certo para os corações alheios?

Lembro de você em versos
Lembro de seu rosto como pintura viva
E sua voz como canção.
Queria ter inventado você para assinar tão bela criação

Nossa saudade faz parte da obra de arte (...)

Nosso beijo também duraria para sempre
E nossa valsa encantaria multidões;
Seu misterioso sorriso se mostraria só para mim...
Nosso amor é um grito que nos redime do mundo:
Um olhar, um sorriso, um beijo, uma lágrima,
Um aplauso, duas vidas, um amor.

Guardaria cada uma de nossas palavras coloridas
Em minha galeria de brancas lembranças
Onde eternizaria também para os outros
Minha galeria de lembranças brancas.

E seria até tolo alguém perguntar se a amava

Flávio André Silva


Não havia mais o que pensar, mas não tive coragem de terminar ali mesmo... Não fui homem o bastante para isso.

Resolvi esperar então uma data especifica que ocorreria dali a umas duas semanas, mas não consegui esperar. Na primeira visita que ela me fez depois daquilo eu abri o verbo:

“Tem outra pessoa em minha cabeça... Eu nem sequer a beijei, mas já estou completamente envolvido...”

Tenho pra mim que não a traí. Prometi sinceridade e penso ter cumprido.

Dias depois pedi Fernanda em namoro (só depois me dei conta que namorávamos desde aquele primeiro oi). Ela aceitou.

Um mês e meio depois estava eu na rodoviária esperando meu amor. Sim agora com todas as letras pra quem quisesse ouvir: A-M-O-R-!

Foi uma semana inteira de muita felicidade, desejos realizados, frustrações frustradas e loucuras. O Senhor das Escolhas Insanas encontrou seu par. Que saudade da minha doidinha!

Fernanda é inteligente, bonita, compreensiva, solícita, prestativa, carinhosa, doidinha, birrenta, jogo duro... Minha albina.

...Minha Branquinha!

Não pedi autorização dela para colocar aqui parte de nossa história, mas estou muito feliz com tudo que temos. Cada dia é uma luta. São muitos fatores adversos: distância, a descrença de outrem, saudade, carência, mas decidimos entrar nessa história sem medo. Ninguém disse que seria fácil, muito pelo contrário; sabemos que é, e será difícil, mas vale e valerá muito a pena ainda.

Fernanda, minha linda, meu amor. Obrigado por nossos momentos e histórias, nossa luta e nossas vitórias. Eu te amo!

PARABÉNS POR NOSSO ANIVERSÁRIO DE 9 MESES!
Relaxe por que essa história ainda tem muitos capítulos por vir.

"Daremos um passo de cada vez
Para chegarmos bem ao nosso happy end
(que para ser happy não será end)"
Sorria, pois sua felicidade me faz forte.
Te amo muito Branquinha.