sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Viciado em Você (ou Não Nasci Para a Saudade)


Não falar com você é estranho
Muda tudo:
A cor da noite,
A temperatura,
O ânimo,

A poesia...

Estou mesmo viciado em você.

No fim das contas
Nos enrolamos:
Eu te aperto,
Você me acende
Nós viajamos...
Para onde?
Onde só o amor pode levar.

Shhhhh
Fala baixo
Não vacila
Não entendem o que temos
Se nos pegam nos internam
Se internados
Nos separarão para nos curar!
Quero ter uma overdose de você.
Fala baixinho e ficamos assim
Em segredo
Juntinhos
Até a última ponta.
Sorria por que chorar já não se pode mais...

As Incansáveis Fugas de Alvinho - O Grande Plano



Por que ser árvore se posso ser folha e voar quando ficar experiente?

Sempre quis fugir de casa.

Vez por outra me sinto sobrando onde estou: As cores se desbotam ou me ofuscam; as vozes me cansam ou me irritam e os lugares me parecem repetidos e sem graça como um tabuleiro de xadrez que não serve para mais nada além de uma partida de Damas de quando em quando.

Queria não me sentir como se tivesse 300 anos e precisasse fugir para não notarem que não envelheço... Às vezes parece que minha cabeça envelhece vários anos em um só ciclo solar. As coisas são muito mais simples quando se é criança... A menos que seja uma criança de 7 anos com uma cabeça de 35.

Pois bem, quando se é criança (independente da idade da cabeça), é agraciado com uma capacidade de agir por impulso: Se quer; faz, fala; não pensa ou filtra, apenas age. E foi no exercício dessa capacidade que vivi minhas mais diversas peripécias e fugas.

Era preciso apenas algo (minúsculo que fosse) para motivar minha jovem mente conturbada e precoce a entrar em crise de “ninguém me ama; ninguém me quer; esse lugar não é minha casa e essa gente não é minha família” parta então tramar e executar mais uma de minhas fugas... Sempre buscava a fuga definitiva. Queria pular no reflexo da lua e ir para lá no céu pertinho das estrelas pra ninguém mais me achar...

Fugir era bem legal. Uma aventura: Juntava uma muda de roupa, enrolava numa toalha listrada e saía de fininho. A trouxa numa mão e um pedaço de pau na outra por que eu não sabia amarrar que nem na televisão e a trouxa sempre caia do pau... Lá ia eu contra o vento e o mundo!

Odiava tudo! Cruzava poças d’água, bancos de areia, passava por pedras cheias daquele negocinho verde que escorrega, desviava dos olhares vigilantes e finalmente lá estava eu triunfante (depois de meia hora) no portão da minha casa!

Vislumbrava como o mundo era grande depois daquele ponto toda vez. Eu nem sabia que existia a rua do fundo ou uma escadaria gigante do lado da casa da minha vizinha! Nunca havia ido tão longe sozinho... E era justamente quando sentia esse gostinho de liberdade que as formiguinhas da minha barriga começavam a se agitar, daí qualquer som mais alto, carro estranho, sacola voando com o vento, homem feio ou latido de cachorro me fazia tremer de medo e voltar correndo para casa. Correndo e chorando.

Sempre chegava desconsolado às pernas murchas de gente grande de minha mãe que nem teve tempo para sentir minha falta e pedir todas as desculpas do mundo a ela. Ela, hora confusa, hora sabida desculpava e consolava.

Certa tarde meu mundinho de 7 anos (ou seria 35?) implodiu. Quanta raiva eu senti, quanta vontade de ir embora pra outra casa ou outra família ou morar sozinho na lua da poça d’água... Mas eu já estava esperto; sabia que não adiantaria fugir assim... Eu voltaria ou seria pego no caminho então tramei o mais engenhoso de todos os planos, que era seguinte:

Joguei um de meus chinelos por cima da cerca e deixei o outro perto dela, assaltei a geladeira e peguei tudo que precisava para me alimentar nos tempos difíceis que viriam: um pedaço de lingüiça, um tomate (que jurava ser uma maçã), um ovo e um pão; tudo isso enrolado em minha inseparável toalha listrada com minha muda de roupa (escolhida ao acaso) e por fim me escondi embaixo do sofá! Essa era a parte principal desse plano: Todo mundo ia dar falta de mim, iam achar o chinelo plantado, achariam que fugi e sairiam para me procurar e quando a casa estivesse sozinha eu sairia vitorioso debaixo do sofá e ganharia o mundo já que não adiantaria voltar para casa por que ela estará vazia e isso era uma das milhares de coisas que eu tinha medo. Eu ganharia o mundo (ou a casa da vizinha que não estaria vazia)! Pensei em tudo! Que gênio do crime eu era...

Esperei os adultos se distraírem com seus assuntos de gente grande e me esquecerem (coisa fácil) e então coloquei em prática meu grande plano: plantei os chinelos como pista falsa e me enfiei debaixo do sofá com minha trouxinha listrada.

Lembro como fiquei putinho da vida quando já tinham passado 2 longos minutos e ninguém apareceu. Daí resolveram assistir o jornal na TV (como eu queria afogar no Nescau quem inventou o jornal na TV, coisa chata!) e eu ali embaixo quieto, criminoso, irrequieto, vitorioso!

Só via as pernas grandes e murchas da minha mãe e minha vó de frente para a estante por debaixo do sofá... Uma delas tava com chulé, mas não quis descobrir qual; me afastei mais para o canto.

Por que as coisas que os adultos gostam têm de demorar tanto? Droga de jornal!

Cansei. Chorei e para não dar ouvido as formiguinhas... Dormi.

Acordei. Não havia mais pernas murchas e chulesentas na minha frente, apenas a estante com a TV desligada... Eu estava sozinho...Deu certo! Liberdade! Viva!!

Juntei as coisas. Espremi a trouxinha (quebrei o ovo) e saí debaixo do sofá e corri para a porta da cozinha... Ouvi vozes! Minha mãe e avó estavam voltando! Dormi demais... Corri para debaixo do sofá e lá fiquei quietinho...

Elas sentaram nele e vi que as pernas grandes de minha estavam tremendo e ouvi que ela estava chorando... Assustada... Preocupada... Nunca vi minha mãe chorar antes...

Daí um monte de formiguinhas começaram a se remexer freneticamente dentro da minha barriga e me deu muita vontade de chorar. Chorei.

Saí debaixo do sofá e foi uma festa! Nem levei bronca; só beijo e carinho, incrível!

Foram ótimos os meses que seguiram a esse episódio... Mas era mesmo um ótimo plano.

Um plano perfeito jogado fora, mas não tinha problema, pois eu tentaria de novo assim que elas esquecessem só que desta vez sairia pela janela da sala e não pela porta da cozinha e assim foi...

Resultado: Fui pego, levei bronca, apanhei, fiquei de mal das formiguinhas da minha barriga e desisti dessa história de fugir de casa...
Ta bom! Se dessa vez falhar e eu ser flagrado dentro dessa lixeira aí sim eu desisto, mas até lá... Toma açúcar formiguinha, toma. Come tudinho e me cala a boca vai...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Trilogia Ébria (Parte 2) - Coquetel de Versos



Certa noite saí com alguns amigos para uma rua de barzinhos. Não fui beber, fui estar lá.

Peguei um táxi para as estrelas e rapidamente cheguei na supernova mais lamacenta que puderam me indicar.

Adoro imaginar que as estrelas são anjos teimosos, bêbados e brilhantes...

Cada grupo que encontrei recitava um copo ou uma garrafa, quando não os dois ao mesmo tempo:

- Garçom, me trás um discurso!
- Só tem poema.
- Trás essa merda, mas com gelo e limão!


A poesia escorre dos copos
Desce pela garganta
Gelada, refrescante, purificadora!
Arregalando os olhos
Preparando um sonoro: Ah!
Delícia de vida fudida!


O caos delicioso
A ordem espumante
Os copos quebradiços
E as gargantas cegas gritam alegres
Comemorando toda sorte de azar,
Pois no amanhã terão de calar...


Geometria, impulso, prazer,
Sinuca, Sivuca, beber,
O estalar das esferas
Ex-belas não são,
Já que ainda choro
Com a bola 8 na caçapa do canto.


Bebo desejos caretas,
Arroto as preocupações,
Ressaco a brisa
E tropeço nos dias
Esperando o próximo final de semana
Que é onde começa minha felicidade.


- Táxi! Me leve pra outra consteãção!

***

Sorria, pois é a luz que preciso quando olho o céu... E se eu não ver: grite, pois ainda é possível fazer isso.

Rápido Devaneio Sobre Retas e Curvas


Retas incitam (?) velocidade, aventura.
Curvas incitam (excitam) e remetem a cautela, mistério.

“Que me perdoem as retinhas, mas ter curvas é fundamental”
A grande gafe distorcida de Buarque.

As magrinhas me remetem mais a má nutrição ou não amadurecimento físico que beleza padrão. Gosto de ter onde pegar. Desvendar as curvas de meu bem, mergulhando em seus mistérios e encolhendo-me em seu abraço.

Não quero curvas eternas, não me interessam as esferas ou passar a vida andando em círculos, todavia quero circundar meu alvo amor e tornar O o que muitos chamam de G!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Castelo Marginal

Castro,
O mastro do veleiro,
Poeta e poeteiro,
Poeta!
Poeta e fuzileiro...
Mestre e maestro,
Regente de tempestades,
Exemplo de bonança,
Munido de verdades,
Embebido de esperanças
Que suas verdades sejam apenas crianças.

Castro,
Equilibrando-se com lastros
De conceitos e devaneios,
Não esconde o seu rastro:
Deixa marcos por aí...
Pra quem quiser/puder seguir.

Suas palavras agridoces
Mais difíceis de engolir
Nutrem mais profundamente
Que comer, deitar, dormir.

Castro:
Fortaleza de curtos poemas,
Mas de larga poesia.

Flávio André Silva
Para Marcos de Castro, ator, poeta, boêmio e arrisco dizer... amigo.

domingo, 19 de outubro de 2008

9 MESES BRANCOS



Oi




Era uma vez uma palavra mágica que a tudo pode mudar... Aproxima pessoas, cruza histórias e recria caminhos.

Assim foi comigo. Um “oi” me ligou a pessoa mais especial (fora da família) que pude um dia conhecer:



Fernanda Quintiliano; minha amiga, aliada na postura social, companheira no amor a leitura e poesia, colega albina e principalmente... Minha namorada!

Uma pessoa que aprendi – muito rapidamente – a amar e, mesmo estando longe; estamos cada dia mais próximos! Hoje ao contrário de outros tempos, consigo me imaginar velho; uma vez que a quero perto por anos e anos e anos ainda. Um casal ímpar: velhos, albinos, confidentes, amigos, casados, amantes e eternamente namorados.

Foi uma trajetória longa e muito gostosa até esse aniversário de 9 meses, sei bem, mas para que tenham uma idéia do que falo, divido com todos uma pitada desse prato:

FERNANDA
E
FLÁVIO
UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR

O INÍCIO
Todo mundo que tem MSN há muito tempo já foi ou conhece alguém que já foi seqüestrado virtualmente para uma janela de conversa em grupo, pois bem essa história surgiu assim, ao acaso, resultante de um seqüestro virtual.

Tenho um contato que é uma espécie de Che Guevara virtual. Tem bom coração e boas idéias, mas lhe faltam tino e método... Exemplo disso eram os freqüentes seqüestros para discutir sobre direitos de que minha mente canhota não estava tão interessada com aquela abordagem inusitada. Numa dessas ocasiões pra fugir do tema central comecei uma conversa com uma das pessoas-reféns-contatos para passar o tédio e a raiva. Pra minha surpresa ela divide opiniões comigo e temos visões coincidentes. Começamos a conversar. Uma vez libertos continuamos a nos falar nos dias que seguiram.
- Oi
- Oi.
Assim conheci Fernanda e a conversa tomava forma.

AS CONVERSAS
Ela apreensiva fazia perguntas-testes que a protegiam de mais um contato chato ou efêmero, mais um momento fugaz de amizade e interesse via net. Eu me mostrei natural e bem humorado como é comum a mim. Falei de minha vida: que estudava teatro, pretendia escrever um livro, que tinha uma namorada, que estava numa boa fase da vida. Que ingênuos nós fomos!

OS ENCONTROS
O tempo foi passando e era como se entrasse para a agenda de ambos esperarmos a noite chegar para conversarmos. Nada demais, apenas um contato agradável de conversar. Não nos demos conta que nos laçamos desde o início... Poderíamos não existir no cotidiano do outro, mas assim que chegávamos em casa o outro se fazia presente na lembrança e o desejo de conversar gritava.

O NAMORO ANTERIOR
Eu comecei a me ver pensando muito nela. Não era mais apenas à noite. Quando via algo legal me lembrava dela e quando ela me presenteou com uma carta dizendo que não sabia o tipo de amor que tinha por mim:

“(...) Eu ainda não sei definir o amor que tenho por você: se é de amigo (apenas), se é de irmão (acho que não), se é de homem... (...)”

E completou a idéia com a expressão que ficaria muito tempo na minha cabeça:

“(...) Esse último é o que mais me preocupa, visto que temos muitas coisas que nos separam, mas, mesmo assim, eu adoraria estar ou te ter por perto.”

Horas a fio passei tentando me responder a mesma pergunta: “Que tipo de amor tenho por ela?”

Pensar nisso me jogou sem sombra de dúvidas em seu caminho. Foi aí que aquele "oi" fez um tilintar de sininhos mágicos... Conversamos sobre isso. Assumimos estar envolvidos e mesmo eu tendo namorada, não podia negar estar gravemente balançado. Prometi não deixar as coisas se alongarem a ponto de enganar nem uma nem outra...

“Não posso trair tantos corações”

Apesar de não me ser cobrado. Sabia que se esse sentimento crescia e, portanto teria de me posicionar; seja me afastando para não feri-la (mais) ou me assumindo como apaixonado por ela.

A ESCOLHA
Escolhi tomar uma atitude. Não deixaria isso perdurar, mas não fui tão bem sucedido nesse ponto quanto queria. Acabei por deixar chegar o Dia dos Namorados sem me posicionar objetivamente. E foi justamente nesse dia que a resposta veio até mim:

Marquei uma saída com minha (até então) namorada. Marcamos de nos encontrar no shopping. Eu cheguei antes e para matar o tempo resolvi rabiscar algo. Quando a avistei se aproximando li o que havia escrito e tinha em mãos a minha escolha... Estava no dia dos namorados esperando minha (até então) namorada e tinha acabado de escrever um poema para a Fernanda:

BRANCAS LEMBRANÇAS

Existe um caminho certo para os corações alheios?

Lembro de você em versos
Lembro de seu rosto como pintura viva
E sua voz como canção.
Queria ter inventado você para assinar tão bela criação

Nossa saudade faz parte da obra de arte (...)

Nosso beijo também duraria para sempre
E nossa valsa encantaria multidões;
Seu misterioso sorriso se mostraria só para mim...
Nosso amor é um grito que nos redime do mundo:
Um olhar, um sorriso, um beijo, uma lágrima,
Um aplauso, duas vidas, um amor.

Guardaria cada uma de nossas palavras coloridas
Em minha galeria de brancas lembranças
Onde eternizaria também para os outros
Minha galeria de lembranças brancas.

E seria até tolo alguém perguntar se a amava

Flávio André Silva


Não havia mais o que pensar, mas não tive coragem de terminar ali mesmo... Não fui homem o bastante para isso.

Resolvi esperar então uma data especifica que ocorreria dali a umas duas semanas, mas não consegui esperar. Na primeira visita que ela me fez depois daquilo eu abri o verbo:

“Tem outra pessoa em minha cabeça... Eu nem sequer a beijei, mas já estou completamente envolvido...”

Tenho pra mim que não a traí. Prometi sinceridade e penso ter cumprido.

Dias depois pedi Fernanda em namoro (só depois me dei conta que namorávamos desde aquele primeiro oi). Ela aceitou.

Um mês e meio depois estava eu na rodoviária esperando meu amor. Sim agora com todas as letras pra quem quisesse ouvir: A-M-O-R-!

Foi uma semana inteira de muita felicidade, desejos realizados, frustrações frustradas e loucuras. O Senhor das Escolhas Insanas encontrou seu par. Que saudade da minha doidinha!

Fernanda é inteligente, bonita, compreensiva, solícita, prestativa, carinhosa, doidinha, birrenta, jogo duro... Minha albina.

...Minha Branquinha!

Não pedi autorização dela para colocar aqui parte de nossa história, mas estou muito feliz com tudo que temos. Cada dia é uma luta. São muitos fatores adversos: distância, a descrença de outrem, saudade, carência, mas decidimos entrar nessa história sem medo. Ninguém disse que seria fácil, muito pelo contrário; sabemos que é, e será difícil, mas vale e valerá muito a pena ainda.

Fernanda, minha linda, meu amor. Obrigado por nossos momentos e histórias, nossa luta e nossas vitórias. Eu te amo!

PARABÉNS POR NOSSO ANIVERSÁRIO DE 9 MESES!
Relaxe por que essa história ainda tem muitos capítulos por vir.

"Daremos um passo de cada vez
Para chegarmos bem ao nosso happy end
(que para ser happy não será end)"
Sorria, pois sua felicidade me faz forte.
Te amo muito Branquinha.

sábado, 18 de outubro de 2008

Trilogia Ébria (Parte 1) - Sete Saltos na Lama


Um salto no futuro negro
Um salto na lama das iniquidades individuais
Vamos nos lambuzar no vinho
E torná-las coletivas!
Salte longe de casa,
Mas guarde um salto pra voltar
Salte sem medo da queda
Salte pra dentro de um bar!

O bar e sua acolhedora sabedoria
Seus gritos de CARPE DIEN
A saborosa discussão filosófica
Sobre a importância do pensar
E as possibilidades visuais e sociais
Das bolhas de cerveja na mesa.

Enquanto Martin discursa e canta
O mister pechincha poesia
Aos loucos bêbados,
Filósofos Artistas com tudo
E celebridades anônimas.

A noite termina sem brinde
Saltando trôpego a esmo
Com artistas cheirando a nada
E anônimos vestidos de tudo.

(Dedico a quem interessar possa)

EGOGENTES


EGO

Eu
Governo
Outrem


Conheci umas pessoas que encaram isso como uma verdade de vida e se pensar um pouco verá que esse nem é o real significado da palavra.

Nem preciso me importar com máscaras sociais perto de pessoas tais uma vez que ao olhar pra mim só vêem nossas qualidades coinscidentes, não passo de um manequim ambulante com um espelho no lugar do rosto. Cada palavra soa a essas pessoas como uma evocação a suas qualidades ou ações.

Sou burro
Sou feio
Sou lixo,
Mas sou meu!

Abraço meus defeitos e busco corrigi-los.

Me reservo o direito de ser tosco às vezes... Gosto de sê-lo pra me fazer entender e sei que os EGOgentes que lerem isso entenderão.

Sorrio, pois mesmo observado sinto vontade de fazê-lo!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O Passeio dos Ignorados


Quem tem boca
Vai a Roma,
Vaia Lula,
Cospe fogo
E não se perde!

Não dê armas aos historiadores,
Pois sabem usá-las
Melhor que seus inventores.

Atente para o tempo
E olhe onde pisa,
Pois
A causa pode estar bem clara,
Mas a luta será sempre escura,
As vítimas sempre cinza
E o sangue sempre vermelho.

Não macule
Quem asteia a mesma bandeira que você;
Não tente parar o tempo,
Ou entender o mundo todo de uma vez;
Não dê voz ao silêncio da paz;
Nem silencie o discurso de guerra.

Todos devem ser ouvidos
Inclusive quando lutam consigo mesmo...
Nem todo triunvirato precisa cair.
***
Sorria, pois me alegra vê-lo fazendo isso.

domingo, 12 de outubro de 2008

A Torre do Relógio - Cadê Meu Tac?!



Meu celular cai no chão
A bateria voa pelos ares
Sem repique de caixa
Nem marcação de chimbal.
Não ligo mais pra isso.
Não ligam mais pra mim
E a ligação se faz metáfora.
Então não ligo mais pra nada.

Tic Tac.
Quando fugi da prisão cotidiana fui recapturado ao ganhar um lindo relógio Tic Tac de pulso e de prata.

Fiquei exultante com o novo adereço, mas me apavorei ao vê-lo se revelar um novo grilhão... Praticamente, metaforicamente e literalmente!

Modelo incomum a mim; pus no pulso e não consegui tirar! Minutos depois da felicidade; o desespero. Tentativas vãs, frustrantes, desgastantes.

O homem não inventou o tempo, o descobriu.
Não o controla; o observa, conta.
Não o subjuga; é dominado por ele.

Quando aceitei o fato de estar preso e parei de pensar Tic, me soltei Tac.

Caramba, como era simples o meio! Uma travinha apenas e pronto. Era necessário apenas ter paciência para encontrá-la. Desde então aquele relógio se tornou especial; Não por me dominar, mas por ter me proporcionado essa lição (X). Não era mais meu contador de tempo, meu “apressador’’ ou agenda, mas meu gatilho de parada...

PRESS STOP.... SLOW TIC TAC.

Meu coração aprende a acompanhar minha respiração e desiste de ultrapassar meus pensamentos Tic Tac.

Ontem tirei meu relógio do pulso e coloquei no bolso da calça que usava, mas depois tive de trocar de roupa para um ensaio. Fui colocá-la num lugar seguro e não incômodo Tic Tac.

Um estrondo.
Uma bomba.
Um som opaco me revelou que o mundo estava prestes a parar... E assim que vi meu relógio caído no chão Tic sem Tac... O mundo parou!

Estava cercado por umas 9 pessoas separadas em 2 grupos e nenhum deles pareceu ouvir. Cadê meu Tac?!

Larguei a calça em cima de algo, me abaixei pra apanhar o relógio e eis que notei que a pulseira estava quebrada, Caralho! Cadê meu Tac?!

Ufa! Não estava quebrado. Uma pecinha se soltou com o impacto. A pecinha: uma travinha AQUELA travinha, o gatilho de meu SLOW-STOP.
Como vendo tão mal encontraria algo do tamanho de MEIA agulha?

Em volta o mundo girava.

Corria.

Mas meu mundo se mantinha inerte; estacionado. Não daria para pedir ajuda, pois estávamos em dimensões diferentes, portanto, abaixei mais ainda e procurei: Nada.

Considerei cruzar as dimensões e foi só então que despertei novamente (como quando se acorda de um sonho ainda dentro de um sonho) e percebi que estava fazendo as coisas certas pelos motivos errados (ou seriam meios?), enfim, quando me destravei dessa trava Tac encontrei a travinha de meu relógio a centímetros de mim e me toquei que o Tic Tac era meu uma vez que meu relógio é digital.

A relação que temos com o tempo é o que o torna nosso.

Não espere as 12 badaladas, ouça seus próprios sinos

e

Sorria porque ainda é possível fazer isso.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Miopia Virtual - Ainda é Possível Sorrir


Vejo pouco, mas sei das coisas. Tento conhecer o máximo até onde minha vista alcança...

Minha miopia é apenas um detalhe das coisas que sou, mas minha Miopia Virtual é um detalhe do que escolhi ser que reflete para onde quero olhar e como o mundo muda ao passar pelos olhos de quem quer realmente absorver algo.

Essa miopia se corrige ao ser confrontada por olhos que não são meus e é por isso que continuamos aqui: eu gastando meu latim de vira latas e vocês seu tempo. Sou feliz com cada olhar que recebo.

Obrigado.

Pensando neles resolvi fazer algumas considerações:


Todos querem um lugarzinho só seu. Um cantinho pra dominar e ser o rei do castelo ou a rainha do palácio

E é justamente por isso que venho recomendar a todos que visitem um desses cantinhos que apesar de particular é de pública visitação... Quem sabe isso os motiva a considerar a busca por seus próprios cantos...

MEU CANTINHO...
http://christorrezani.blogspot.com/
Chris arrasa e acho que nem sabe... Um exemplo de rainha com o palácio bem resolvido.

Não se preocupem se isso não ocorrer de uma vez... Todos temos direitos a Pensamentos Equivocados (
http://pensamentosequivocados.blogspot.com/ ) de vez em quando (quando não de vez em sempre!)...

Comece com coisas simples, pois no começo tudo não passa de Poesia de Pedra (
http://poesiadepedra.blogspot.com/ ) para então se dar conta que BORBOLETAS SÃO ROSAS QUE APRENDERAM A VOAR ( http://anna-otherworld.blogspot.com/ ) e aí toda sua escrita estará de prontidão, travessões argutos, exclamações eufóricas e quando se der conta terá então cada Vírgula Antenada ( http://virgulaantenada.blogspot.com/ ).

Outra oportunidade interessante pode ser sair para observar A Garota do Copo D’água (
http://thiarapagani.blogspot.com/ ) enquanto devora a noite como uma Omelete de Lichia ( http://omeletedelichia.blogspot.com/ ) acompanhado de um Gardenal com Pinga ( http://gardenalcompinga.blogspot.com/ ), mas eu vos alerto para não tentar ‘pechinchar’ ( http://www.dieymespechincha.blogspot.com/ ) com a vida sob os Olhos de Selene ( http://nuitari.blogspot.com/ ) ou acabarão como eu: preso em outras histórias... Eu e Outras Crônicas ( http://eueoutrascronicas.blogspot.com/ )... Um Pernóstico ( http://pernosticismo.blogspot.com/ )! Diferente do demais Albinos do meu Brasil ( http://albinosdomeubrasil.blogspot.com/ ).

Compliquei? Resolvo:

Todos querem um lugarzinho só seu. Um cantinho pra dominar e ser o rei do castelo ou a rainha do palácio

E é justamente por isso que venho recomendar a todos que visitem um desses cantinhos que apesar de particular é de pública visitação... Quem sabe isso os motiva a considerar a busca por seus próprios cantos...

MEU CANTINHO...
Chris arrasa e acho que nem sabe... Um exemplo de rainha com o palácio bem resolvido.

Não se preocupem se isso não ocorrer de uma vez... Todos temos direitos a Pensamentos Equivocados de vez em quando (quando não de vez em sempre!)...

Comece com coisas simples, pois no começo tudo não passa de Poesia de Pedra para então se dar conta que BORBOLETAS SÃO ROSAS QUE APRENDERAM A VOAR e aí toda sua escrita estará de prontidão, travessões argutos, exclamações eufóricas e quando se der conta terá então cada Vírgula Antenada.

Outra oportunidade interessante pode ser sair para observar A Garota do Copo D’água enquanto devora a noite como uma Omelete de Lichia acompanhado de um Gardenal com Pinga, mas eu vos alerto para não tentar ‘pechinchar’ com a vida sob os Olhos de Selene ou acabarão como eu: preso em outras histórias... Eu e Outras Crônicas... Um Pernóstico! Diferente do demais Albinos do meu Brasil.

Boa qualquer coisa pra vocês e lembrem sempre de sorrir, pois ainda é possível e permitido fazer isso.