- O céu está mais vermelho hoje do que de costume – disse Iktus, o elfo sem camisa de torso tatuado para Leira.
- É apenas impressão sua – ela respondeu – É o peso de Káli... concluiu tristemente.
- Não é não – ele afirmou resoluto erguendo os olhos e apontando algo no céu.
Ela olhou para o céu na direção que ele apontava e quase não acreditou no que seus olhos diziam a sua mente: um enorme redemoinho de nuvens alaranjadas soltando raios para fora e para dentro de seu eixo central: um olho negro como o céu da noite costumava ser.
- Arvin disse que tinha sentido cheiro de magia essa manhã. - Ele se lembrou.
- Pensei que fosse apenas a sua paranóia costumeira agindo, mas o que é aquilo?
- É a boca de La'Mór, o Senhor da Morte. É um Maelstrong!
- Não pode ser...
- Não há tempo para discutir isso. Vamos voltar. A Seita de Orvalhus precisa saber disso.
- E o sepulcro de Káli?
- Até conseguirmos mais tempo, o deserto será seu repouso. Sei que prometemos enterrá-la em solo Kanti, mas não podemos correr esse risco agora, aquilo parece estar se movendo e crescendo ao mesmo tempo!
Leira não gostava nada daquilo, mas sabia que seu amigo de tantas joranda tinha razão mais uma vez. Soltou a argola que usava para puxar o casulo de transporte de sua amiga. Iktus fez o mesmo.
- Apresse-se – disse Iktus olhando o céu se abrir e ser engolido.
- Calma! Voltou-se para o casulo e com um movimento suve das mãos a areia do deserto puxou o casulo para baixo da superfície como se tivesse vida e ouvisse o desejo da elfa.
- Desculpe-nos Káli - ela sussurrou antes de respirar fundo mais uma vez e se levantar.
Ambos correram então rumo oeste para que ainda tivesse esperança de vida em Peradór.
Enquanto isso isso o Maelstrong devorava as areias do deserto e as aves do céu.
Iktus estava certo: aquilo estava mesmo ficando maior
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