Tive uma conversa muito legal com um amigo e isso me motivou a rever minha gaveta de idéias e ressussitar um texto antigo. O escrevi em meados de 2005 e ainda hoje gostei de tê-lo escrito. Um texto livremente inspirado num desenho de Pepê & Jotabê, dois palahacinhos cheios de sabedoria e bondade, criação do italiano Wlater Costner que tornaram-se posteriormente mascotes de um movimento jovem: Jovens por um Mundo Unido. Vale a pena dar uma pesquisada no Google, mesmo que por mera curiosidade.
AMOR...
Hoje amanheceu diferente aqui no parque. Tudo parecia o mesmo, mas alguma coisa me perturba... Assim como a calmaria do lago...
Estou senado aqui a incontáveis dias apenas para encontrar a resposta que para a maioria não parece importante. Daí fico aqui só e calado, pois é realmente obra de Deus esperar que um dia a resposta venha sem ao menos pensar na pergunta.
Aqui conheci um jovem chamado Roberto, ele sempre vem ao parque pela manhã, se senta ao meu lado e começa a falar sozinho de como ama uma tal Catarina – uma moça que sempre passa de bicicleta e o cumprimenta sem parar o exercício. Volta e meia ele ensaia um pedido de namoro ou uma declaração de amor – a uma moça que ele mal conhece...
Mas esta manhã ele se atrasou... Ela passou, olhou para cá, parou, esperou... E se mostrou chateada ou aborrecida – algumas mulheres sentem coisas tão distintas com a mesma expressão – daí ela pegou uma pedrinha no chão – a menor que encontrou – lançou no lago e disse:
- Que droga! Ele deve ter se cansado de mim... Do jeito que fingia de dif´cil e foi embora sem ao menos me deixar dizer que o amava.
Não posso negar que fiquei surpreso e acho que agora olhando o lago tenho a resposta do que me faltava: o amor.
Afinal o que mais poderia ser tão pequeno quanto uma pedrinha de parque e ainda assim fazer com que alguém milhões de vezes superior trema todo e nunca mais seja o mesmo, porque ela sempre estará lá – no fundo – mesmo que não trema mais... Oh, o amor!
Agora posso descansar...
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